quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Marketing de Guerrilha - “Dez! Nota dez!”

retirei esse texto de um blog chamado Amaranhado (http://www.amaranhado.com/) .
tem um texto sensacional sobre o Marketing de Guerrilha , que o saudoso e expetacular Carlos Imperial era rei em praticar .
Aproveito e também recomendo o Livro que ela cita : "“Dez! Nota dez!” eu sou Carlos Imperial . estou lendo e achando LINDO!!!!!!!

Marketing de Guerrilha - por Denise de Camargo

Hoje em dia, muitas pessoas falam sobre Marketing de Guerrilha e Marketing Viral como uma grande novidade estratégica para divulgar um produto ou serviço na Internet. Pois, uma leitura que recomendo é a do livro: “Dez! Nota dez! – Eu sou Carlos Imperial” (Editora Matrix). As táticas promocionais usadas pelo “Impera”, muito antes de navegarmos nesta onda de web e virais, são exemplos do mais puro Marketing de Guerrilha.
O principal alvo do Marketing de Guerrilha é investir na curiosidade para que o usuário fique intrigado sobre a notícia que se quer espalhar, utilizando-se de maneiras não convencionais. Uma de suas ferramentas é o Marketing Viral que tem como objetivo colocar uma marca na web como informação e não como propaganda, transformando o produto ou serviço de uma empresa em um conteúdo divertido que, por isto, é espalhado como um vírus.
Para lançar seus produtos ou simplesmente para não sumir da mídia, Imperial fazia tudo. Em abril de 1983, para protestar contra o diretor teatral Aderbal Freire Filho - que dirigira uma peça sacra que Imperial acreditava ter sido superfaturada, carregou uma cruz nas costas pelo Centro do Rio.
No natal de 1968, Carlos Imperial enviou para amigos, inimigos, personalidades e autoridades do governo militar um cartão de Natal com a foto dele sentado em uma privada com as calças arriadas e a legenda “espero que Papai Noel não faça no seu sapato o que faço neste cartão”.
Criou a imagem pública de garanhão e de pilantra, graças aos programas de TV em que aparecia cercado de “lebres” (as garotas do Imperial). Paulo Silvino diz: – comentando sobre esta fama – “Ele não bebia, não fumava e não usava drogas. Lembro dele como um grande glutão, viciado em Coca-Cola e mulher”.
Nos anos 60 havia uma cruel discriminação para com Luiz Gonzaga e o baião. Trata-se de um período repleto de guitarras elétricas, explosão da Bossa Nova, Jovem Guarda. Naqueles tempos, Carlos Imperial vivia o apogeu de sua carreira artística e convida Luiz Gonzaga para participar de um de seus programas Carlos Imperial bate na mesa, levanta-se e, olhando para Gonzaga, categoricamente afirma: “Esse homem que representa a simplicidade nordestina, sendo o criador e o divulgador mor do baião, na sua modéstia, não se sentiria à vontade para comentar semelhanças entre a música dos Beatles e a sua toada, como ele próprio classifica; e que é, pelo menos, 20 anos mais antiga…”
Como quem anuncia um segredo: “Vocês, saibam todos, e eu tenho a prova aqui: OS BEATLES ACABAM DE GRAVAR A ASA BRANCA DE LUIZ GONZAGA”. A partir de então todos se voltam para o xote, o xaxado, a toada, o baião e a sanfona de Luiz Gonzaga.
Deixo aqui a sugestão: O livro é “Dez! Nota dez!” de autoria de Denilson Monteiro que passou seis anos pesquisando para concluir a obra e esta, agora, pode nos inspirar em muitas campanhas on-line.

Um comentário:

andrepomba disse...

ehehe otimo texto e lembrança do imperial!